sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quando a ampulheta virar

Ha quem diga que o tempo é o melhor remedio. Nem sempre.

Temos uma forte tendencia a permitir que o tempo se encarregue de "resolver" algumas pendencias da nossa vida. Quanto mais o tempo passa, menores nos parecem as cicatrizes, mais aliviadas sao as dores, ainda mais perdidas se encontram algumas memorias e assim, enganosamente, nos sentimos menos traidos, menos doentes, mais perdoados, menos rejeitados, mais aceitos e deixamos que paire no ar um sentimento de "nada como o tempo para resolver o que EU deveria ter resolvido."



Enquanto escrevo , tentado nao me importar tanto com o calor que faz aqui ( nao imaginei que o verao europeu seria tao "caldo"), procuro uma maneira clara e nao tao confusa de falar sobre o quanto pode ser prejudicial nos posicionarmos de forma passiva e tendenciosa quando permitimos que o tempo passe sem que questoes de carater moral, familiar e emocional sejam duramente encaradas e confrontadas no momento exato chamado "AGORA."

Basta a ampulheta virar. As palavras, as imagens e o filme reprisa e nao se trata da sessao da tarde que com um "click" no controle remoto mudamos a programaçao. Nao. Ainda esta tudo ali.


"Não se ponha o Sol sobre a vossa ira." (Ef. 4:26).

Deixamos o sol se por dias e dias sobre a nossa ira, sobre as questoes mal resolvidas, deixamos muito tempo passar. O que certamente Paulo quis dizer é "NAO ESPERE AS COISAS PIORAREM, nao permita que fique sem controle.


Talvez as palavras ainda estejam la, os gritos e ofensas ainda ecoam, as lagrimas ainda rolam silenciosamente, a falta de perdao, a decepçao, a traiçao.


Antes de tudo, apresente suas dores ao Senhor e nao as esconda de si mesmo. Assuma e queira ser o responsavel pela decisao de, em estado de paz, contemplar o sol se por.

Um comentário:

  1. nossa..miss...me envia essa reflexão? que verdade linda revelada!!!!!!!! saudades!

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