segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Ate que nossas mortes nos separe"


Ja publiquei esse texto no orkut mas insisto em dedicar aqui, reverenciando a devoçao ao grande amor da minha vozinha, esse breve comentario acerca de uma grande liçao sobre o amor. Ao lado, meus avos maternos Ignes e Vicente Arcanjo - foto de 1939. Deliciem-se no amor aqui apresentado:


" Quando o amor é verdadeiro dura para sempre". Essa foi a frase que D. Ignês disse docemente após colocar a caneca sobre a mesa. Falo da senhora que tenho a honra de chamá-la de vó.Após preparar bolinhos de chuva (minha nova especialidade) e colocar a toalha sobre a mesa para tomarmos um tão maravilhoso chá da tarde, eu, minha mãe e vovó, falávamos sobre o quanto o amor deveria ser eterno. Pude ouví-la dizer sobre o choro contido, os anos de saudade e até mesmo os sonhos que vez ou outra tem com meu avô Vicente, que infelizmente não tive o prazer de conhecer. Deveria ser ele um homem admirável. Tinha olhos verdes, parecidos com os dela.Morreu aos 54 anos, mas minha vó nunca tirou a aliança do dedo, falou-me ainda sobre uma outra aliança, que de tão gasta, chegou a romper-se, mas imediatamente meu vô tratou de comprar um par novinho!O amor era assim... Amava-se para fazer o outro ser feliz, amava-se para poder perdoar.Amava-se na dor e na saúde também (considere a ordem), amava-se na tristeza e depois na alegria, na pobreza e talvez na riqueza. Entendamos e preservemos esse tão raro amor que dura até que "nossas mortes" nos separe.O amor, quando confrontado por adversidades, torna-se ainda mais verdadeiro. E o tempo? O tempo talvez você não o veja passar.Faz aproximandamente 36 anos desde a morte do vô Vicente e vovó ainda o tem como seu legítimo esposo.

2 comentários:

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  2. è perfeito a maneira que a Sula consegue descrever aquilo que sentimos, palavras lindas e bem colocadas que emocionam e nos eleva a alma.

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